
De acordo com a pesquisa Pnad 2007: Primeiras Análises, a taxa de fecundidade total no ano passado foi de 1,83 filho por mulher. A média foi inferior à chamada taxa de reposição (de 2,1), que significa o mínimo de filhos que cada brasileira deveria gerar para que, no período de trinta anos, a população total do país seja mantida.
Enquanto, em 1992, uma mulher nordestina tinha 1,2 filho a mais que uma residente na Região Sudeste, no ano passado essa diferença era de 0,5 filho.
De acordo com a pesquisa, a fecundidade é maior nas camadas de mais baixa renda, mas a distância entre as camadas sociais também tem diminuído ao longo dos anos quando o assunto é a quantidade de filhos. Em 1992, mulheres de baixa renda tinham 3,3 filhos a mais que as de alta renda. Em 2007, essa diferença passou a ser de 2,6 filhos.
A coordenadora do grupo técnico de população e cidadania do Ipea, Ana Amélia Camarano, acredita que, caso a velocidade da queda de fecundidade seja mantida, o Brasil poderá ter de recorrer a políticas de incentivo à natalidade.
“Mas é uma política de longo prazo e difícil. A gente está vendo a experiência européia. Já se gastou muito dinheiro incentivando a natalidade com resultados pequenos. É o caso também do Japão.”
O estudo do Ipea revela ainda que mulheres brasileiras que possuem alta renda têm apresentado taxas de fecundidade “extremamente baixas” – semelhantes, inclusive, a de países como Itália, Espanha e Japão, onde os números não ultrapassam 1,3 filho para cada mulher.
O grau de escolaridade, segundo o Ipea, também reflete em mudanças nas taxas de fecundidade. Em 1992, uma mulher com baixo nível de educação tinha 1,8 filho a mais que mulheres com alta escolaridade. Em 2007, esse mesmo índice foi reduzido para 1,4.
Fonte: Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
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