Depois de seis meses, morte de Vanildo de Pombos continua impune


Seis meses depois da morte do forrozeiro Vanildo de Pombos, a polícia ainda não tem pista dos assassinos. O inquérito policial que investiga a morte do forrozeiro está parado desde setembro, o que tem deixado a família do cantor revoltada com a demora para prender os criminosos.
“O que sentimos é um sentimento de revolta. Vanildo era uma pessoa tão querida, tão boa, tão conhecida nesse meio e de repente a gente não tem resposta de um crime tão cruel”, desabafou uma das irmãs do forrozeiro, Ilda Cavalcante.
Vanildo Vítor Cavalcante, mais conhecido por Vanildo de Pombos, foi assassinado aos 47 anos, perto da casa onde morava, no dia 26 de julho de 2008. Ele foi baleado por oito tiros quando saía em direção ao comitê da candidata a prefeita para a qual fazia campanha. Dois homens em uma moto teriam participado do crime.
O delegado Eduardo Xavier que está à frente da Delegacia de Pombos há um mês, afirma que a última peça acrescentada ao inquérito é de setembro do ano passado quando a investigação estava sob o comando do delegado Petrúcio de Paula Jucá, que foi transferido.
Para ajudar na identificação dos criminosos foi feito um retrato falado de um dos suspeitos, mas até agora o material não ajudou nas investigações. “Nós temos retrato falado, mas acontece que depois disso não há mais informações de onde ele possa estar, de quem foi, ou um nome. Pelo menos indícios dessa pessoa”, disse. “A polícia precisa trabalhar mais, precisa obter informações com a população e com familiares”, concluiu o delegado Eduardo Xavier.

HOMENAGEM

Para homenagear o forrozeiro dois dos 11 irmãos de Vanildo, formaram há três meses uma banda que presta homenagem ao músico. O nome do grupo é uma referência ao pai deles: “Os Filhos de Vítor”.
“A proposta minha e de meu irmão é de dar continuidade ao forró de Vanildo que deixou uma riqueza muito grande aqui no Nordeste. A gente não pode deixar morrer a nossa cultura e a poesia de Vanildo”, diz o irmão Silvinho.
A música tem ajudado os familiares e os fãs do forrozeiro a matar um pouco da saudade e relembrar o crime que até hoje está impune. “Vanildo é gente da gente, origem da terra, é o nosso povão e a gente fica com lágrimas nos olhos”, diz emocionada a gerente de loja, Fátima da Conceição.
A conselheira tutelar Fátima Freitas também sente saudade do músico e pede por justiça. “O sentimento e a espera é grande. A gente quer ver quem é o culpado e até agora ninguém resolveu nada disso”, desabafa.

Fonte: pe360graus

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