IDÉIAS E SUGESTÕES POLÍTICAS E CULTURAIS AOS NOVOS PREFEITOS ( I )

Coluna do Jornalista Marcus Prado

Dia 1º de janeiro 5.563 novos prefeitos tomaram posse. Os candidatos eleitos e reeleitos, sem exceção, todos prometeram a solução dos problemas durante as campanhas. Depois de eleitos, os que tiveram mídia já devem ter dito que imaginava a dificuldade. Na posse, a maioria já teve a certeza de que não cumprirão suas promessas fáceis. Mas isso é uma retórica de uma distorção de fazer política. Ou promete tudo numa fantasia ou, com um discurso real, não se elege.
Administrar é priorizar. Uma das principais prioridades deveria ser firmar um pacto para extinguirem o analfabetismo formal em quatro anos. Pode não ser possível, mas deveriam tentar, já que se trata de um problema insolúvel, que nem o Mobral, criado há 40 anos quando resolveu.
Muitas outras iniciativas discursivas também não solucionaram. Deveriam estabelecer metas claras, plausíveis e tentar cumpri-las. Cada prefeito tem um secretário e uma equipe de educação para isso.
Mas a maioria já deve estar arquitetando quem vai ser castigado com transferências absurdas para locais distantes e nenhuma medida de como qualificar os professores para melhorar a qualidade do ensino. Colocar computadores públicos em todos os bairros e vilas.
Sem projetos mirabolantes deveriam criar políticas de arborização das cidades, vilarejos, e até alguns trechos das zonas rurais. Em especial as encostas das autoestradas e dos corredores entre o espaço das cercas e a trilha por onde as pessoas passam. Distribuiriam as mudas adequadas aos solos e aos locais e cada proprietário ficaria encarregado de zelar e proteger as árvores.
Na área da saúde, toda prefeitura deveria contratar ao menos um urologista, um ginecologista para exames preliminares, que desafogariam os centros médicos das cidades maiores. Convênios deveriam ser firmados entre cidades pequenas e grandes para que estas arcassem com o tratamento, sob pagamento das cidades pequenas. Pequenos postos de atendimento deveriam ser instalados nos vilarejos, com ambulância disponível para transportar as emergências. Não permitir a utilização delas para subir e descer com diretores e funcionários. Muitas são mais usadas para isso. Contratar dentistas para orientação de cuidados preventivos.
Informar moradores e comerciantes sobre a obrigação, ao menos social, de manterem calçadas e meios-fios limpos. Às escolas, que orientassem os alunos sobre atos do dia-a-dia, como o respeito às regras de trânsito, alimentação adequada, tomar líquido suficiente, antes que se tenha sede.
Instituir oficialmente torneios de esportes diversos. Alguns com abrangência hierárquica a partir das escolas, dos bairros, das vilas e distritos, para se chegar ao nível municipal, com premiação simbólica e financeira. Torneios de vôlei, de natação em lagoas ou piscinas, de futebol, de dama e de xadrez e outros. Tudo de forma simples e prática. E o cidadão cobrar, exigir, educar-se e não permitir o desvio de verbas e do nepotismo, práticas muito mais comuns do que as sugeridas neste texto.
Como jornalista
especializado em questões culturais, o que proponho para uma cidade do porte da Vitória de Santo Antão: Criação de um pólo cultural ( o primeiro no Interior do estado) envolvendo instituições como I.Histórico e seus anexos , Monte das Tabocas (Academia Vitoriense de Letras, Cia. das Dez . Ações culturais no Monte das Tabocas em colaboração com o Conselho Estadual de Cultura, que tem um excelente projeto para o local. (Ouso afirmar que nada pode ser pensado para o Monte das Tabocas, sem que a entidade vinculada à Secretaria de Educação deixe de ser ouvida, reconhecendo a importância de seu projeto para a revitalização do local, feito pelo pintor e conselheiro João Câmara). O Pólo cultural aqui proposto envolve teatro, cinema, literatura, fotografia, artes plásticas.

Criar a Lei do PATRIMÔNIO VIVO DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, concedendo anualmente, a um artista popular , eleito pelo Conselho Municipal de Cultura ( que deve ser criado) , um salário mínimo, durante quatro anos, que poderá ser renovado. Será exigido que o eleito tenha mais de 60 anos de idade e que seja comprovadamente carente de recursos financeiros.

Criação de uma política de publicações culturais, voltada primordialmente para os novos talentos da cidade.

Criação de uma Gerência, no âmbito da Sec. de Cultura, voltada para a preservação dos nossos sítios históricos. Dar igualmente ao Instituto Histórico e Geográfico, através de Portaria, o poder de órgão fiscalizador e oficialmente opinativo.

Criação de um festival gastronômico e folclórico da cidade.

Mostras itinerantes na cidade, destacadamente no Recife, sobre as potencialidades turísticas e culturais da Vitória, com a colocação de um ônibus especial.

Construir, em local adequado, uma concha acústica para apresentação apenas de espetáculos culturais de boa qualidade.

Promover o Primeiro Festival de Inverno da Vitória.

Atrair investimentos não só locais mas de outras fontes governamentais do Estado/via Fundarpe e do Governo Federal ( que existem, mas são ignorados) , para o futuro pólo cultural da cidade. Para tanto, a secretaria de cultura deverá ser equipada da melhor forma, inclusive com profissionais de notória competência.

Comemorar da melhor forma, em parceria com os instrumentos incentivadores do pólo cultural, as principais datas históricas da cidade.

Promover e Incentivar, anualmente, grandes festivais de cultura da Cidade.

Criar a Lei de Tombamento e preservação de monumentos históricos.

OUTRAS SUGESTÕES SERÃO DESTAQUES NO PRÓXIMO COMENTÁRIO.

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