Parentes e amigos estão indignados com morte do vice-presidente do PT-PE


Na despedida de Manoel Bezerra de Mattos Neto neste domingo (25), parentes, amigos, políticos e representantes de direitos humanos afirmaram não conseguir entender por que o vice-presidente do PT em Pernambuco teve a escolta da Polícia Federal suspensa.
Segundo a família do advogado, ele estava sendo ameaçado por denunciar grupos de extermínio, que agiam em Pernambuco e na Paraíba. O político teria sofrido a última ameaça há quase um mês, e foi morto na madrugada do último sábado (24).
“Ele teve participação direta na CPI de combate ao crime organizado em Pernambuco, que denunciou mais de cem crimes sem solução”, afirmou o deputado federal Fernando Ferro (PT). “Como militante dos direitos humanos, ele denunciou o caso à ONU, que cobrou ações do governo”.
O corpo foi velado no ginásio de esportes da cidade de Itambé, na Zona da Mata pernambucana. O cortejo seguiu pelas ruas da cidade até cemitério municipal acompanhado de uma multidão.
O presidente da Seccional Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), Jayme Asfora, estava no enterro e mostrou indignação diante do fato. “Por que ele não estava sob escola, se no último dia 28 de dezembro ele recebeu uma ameaça de morte?”, indagou.
Segundo a Polícia Federal (PF), a escolta foi suspensa após o advogado desrespeitar as regras de segurança da entidade. “O que levou a PF a deixar a segurança dele foi o desrespeito às normas de segurança, colocando em risco a sua vida e a dos agentes”, afirmou o assessor da PF Giovani Santoro.
“Os agentes fizeram um relatório sobre o que estava acontecendo, encaminhou às instâncias superiores que decidiram retirar a escolta do político”, concluiu.

CRIME
O advogado Manoel Bezerra de Matos Neto, 40 anos, foi executado a tiros por dois homens encapuzados que invadiram a casa de praia onde ele estava com a família, em Pitimbu (PB). Os assassinos mandaram que todos deitassem e atiraram várias vezes contra o advogado.
A polícia civil da Paraíba está investigando o crime e realiza uma reunião no fim da manhã desta segunda-feira (26) para indicar o delegado que vai cuidar do caso.

REUNIÃO
A Secretaria Executiva de Justiça e Direitos Humanos do Estado recebe articuladores de movimentos ligados aos direitos humanos para discutir a investigação do assassinato de Manoel Mattos na tarde desta segunda-feira.
Além do titular da pasta, Rodrigo Pellegrino, estarão presentes o articulador do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), Manoel Moraes, o advogado e coordenador do Centro Dom Helder Câmara de Direitos Humanos (Cendhec), Marcelo Santa Cruz, o diretor da ONG Dignitatis, Gustavo Magnata, e o deputado federal Fernando Ferro.

Fonte: pe360graus.com

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